Há uma análise crítica da classe dominante (detentora do capital) sobre o papel das entidades sindicais. Essa classe defende que a relação sindicato/trabalhadores se restrinja somente à esfera trabalhista, não aceitando a interferência em áreas sociais e políticas da sociedade. Se observarmos ao longo da história, seja na Inglaterra no início do século XIX, no Brasil na era Vargas, no golpe militar ou até o surgimento do "novo sindicalismo" na década de 70, a relação sociopolítica sempre permeou sindicatos e operários. Vemos que, comparando como uma pirâmide, temos no alto a política e na base a classe trabalhadora, e nessa função de elo de ligação, o sindicato, através da mediação de uma organização e formação do senso crítico na luta e importância do cidadão na sociedade.De acordo com a resolução da I internacional: " O partido (política) transmite um pertencimento, até passageiro, mas marcante entre os trabalhadores, quanto ao sindicato, visa a classe de maneira permanente. Somente este é capaz de reunir todos os elementos, sejam trabalhista, social ou político e representar os interesses da massa proletária."Já no século XIX, a economista Rosa Luxemburgo, de cunho teórico marxista e dirigente do movimento comunista internacional, afirmava que: "...não é a cúpula das organizações (sindicatos) mas antes é a base, nas massas proletários que se encontra a garantia da unidade real do movimento operário e sua força política transformadora."O grande esforço da elite opressora é a despolitização dos conflitos trabalhistas. Dessa forma, tendo um sindicato pensando somente na luta por salários e similares, e sem uma pressão política organizada e coletiva por parte da classe trabalhadora, se atingiria os efeitos e não as causas. Marx já nos ensinava: "… se atacaria os fenômenos, a aparência é não a essência, a materialidade concreta”.Tenho certeza de que a relação entidade sindical com a classe trabalhadora vai além lutas por direitos trabalhistas. É a formação do senso crítico político do trabalhador, quanto suas posições como cidadão. Isto posto, nos dias de hoje, ainda vemos a tentativa da classe dominante (a elite opressora) de desacreditar e descolar a política da luta sindical com intuito de ter uma classe trabalhadora local não organizada, despolitizada, ou seja, como se diz no popular: uma “massa de manobra”.Lamento informar aos opressores que pensam que os trabalhadores não estão unidos. A política faz parte da vida de todas e todos e a entidade sindical é parte desta transformação sociopolítica local e global.*Fernando Santoro - Professor de História, Diretor do Sindicato dos Servidores Públicos de Iguaba e São Pedro, servidor público da Educação em Iguaba e militante dos direitos humanos.Foto: evento promovido pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Iguaba Grande sobre o atraso nos pagamentos dos salários em Iguaba.

Sindicatos: A Relação Sociopolítica com a Classe Trabalhadora

Iguaba Grande

A NECROAGROPECUÁRIA está matando, adoecendo, mutilando e destruindo a agricultura familiar, através de uma Guerra Química que está sendo omitida pela mídia brasileira, enquanto povos originários vêm sendo dizimados com objetivo de ocupação e exploração de suas terras. Além de acabarem com as produções de orgânicos, os pecuaristas criminosos pressionam produtores da agricultura familiar a deixarem suas terras, pulverizando agrotóxicos sobre seus terrenos. E tudo isso com requinte de crueldade!O apoio dos deputados federais que trocaram o voto dos eleitores por outros interesses, ao dizerem "SIM" ao pacote do veneno, legitima ações como as que aconteceram em Apuí, município produtor de café orgânico localizado no sul do Amazonas. Essa região é caracterizada por possuir mais boi do que gente. São, segundo dados do IBGE, 160 mil cabeças de gado e uma população de 22,7 mil habitantes, e que na visão dos pecuaristas ainda não são suficientes para satisfazem a ganância que lhes move, tendo em vista a pulverização ocorrida no mês passado, causando danos na cultura de laranja, limão, mandioca, abóbora, gergelim e eucalipto entre outras, matando pássaros, intoxicando agricultores, objetivando expandir seus negócios num verdadeiro exercício de necroagropecuária.Vale lembrar que a primeira etapa para aprovação do PL 6.299/02 já foi vencida pelo agronegócio e seus seguidores, restando ainda a votação pelo Senado Federal. Enquanto não recebem aprovação total para colocar mais veneno na mesa da população, recebem a colaboração do governo, que bateu seu próprio recorde. Só em 2021 foram aprovados mais de 550 novos agrotóxicos.Perguntas importantes que precisam de respostas: O que comem os donos do agronegócio? Será que se alimentam de suas produções envenenadas? E os deputados federais que aprovaram o pacote do veneno, comem alimentos e bebem água contaminados pelos agrotóxicos que estão ajudando a liberar? Ou protegem a si a suas famílias com produtos orgânicos enquanto envenenam a população? Importante saber!Dizer não ao Pacote do Veneno é uma questão de sobrevivência!Vamos compartilhar as hastags: #nãoanecroagropecuáriadobrasil #necroagropecuáriamata #todoscontranecropecuária*Drª Margoth Cardoso - Advogada, mestranda em Ambiente. Sociedade e Desenvolvimento UFRJ, pós-graduanda em Direito Ambiental UFPR, candidata à prefeita pelo PT em Iguaba Grande em 2020.

A "Necroagropecuária" do Brasil

É incrível como sai ano e entra ano e o descaso com a educação em nossa cidade só piora. Como se não bastasse (e não esquecida pelas famílias) a dívida que a SEMEC tem pela não entrega de 17 meses das cestas básicas aos alunos da rede de ensino, ainda temos um início de ano letivo em nossa cidade com alunos PCDs (pessoas com deficiência) sem professores ou mesmo monitores, sendo seus responsáveis orientados, pelos próprios gestores das unidades, a não levarem seus filhos às escolas.Por que? Não houve tempo para preencher o quadro de profissionais capacitados? Se ainda há vagas a serem preenchidas, porque não foram chamados todos os professores aprovados no último concurso para ocuparem estes espaços, seus por direito? Além da vacância, porque manter contratos e seletivos? Será que são amigos ou parentes de políticos? Ou ainda seria dívidas de campanha em troca de votos?Escolas com problemas de infraestrutura, como infiltração, sem toldos, etc. tirando o conforto e a segurança de nossas crianças. Quais foram as dificuldades? Falta de tempo também? Porque falta de verba não pode ser pois, o governo faz questão de se enaltecer com a fala: "a cidade nunca teve tanta verba como hoje" e os royalties, que por lei , o governo tem que usar parte deste recurso para investimento na infraestrutura da educação. Não podemos deixar que destruam a educação de Iguaba Grande .Qual o posicionamento do legislativo de nossa cidade ? Serão omissos mais uma vez ? Pois já tentam calar a voz do povo , negando o acesso às sessões na câmara. Lembramos sempre: o povo tem poder do voto, e quem elege também pode cassar.*Fernando Santoro - Professor de História, Diretor do Sindicato dos Servidores Públicos de Iguaba e São Pedro, servidor público da Educação em Iguaba e militante dos direitos humanos.Foto: ilustrativa

A Educação Sofre em Iguaba Grande

Começo esse desabafo reforçando que é preciso, urgentemente, prestar todo o tipo de solidariedade ao povo petropolitano. Fazer chegar donativos para aqueles que estão precisando. Agora é dar suporte para que essa dor, ao menos, seja amenizada.   Mas precisamos ser solidários também na luta por mudanças nos paradigmas sobre nossas ações frente ao meio ambiente e o comprometimento dos governantes com as problemáticas ambientais. É fato que estamos vivendo um “novo normal”, mas não como esperávamos. As mudanças climáticas provocadas pelo desmatamento acelerado das florestas, a flexibilização das leis ambientais, etc. tem como consequências os deslizamentos de encostas com destruição de moradias, enchentes e até óbitos. Urge a necessidade de se responder a seguinte questão: como se adaptar a esse cenário tão rapidamente?   A catástrofe de Petrópolis escancarou de vez a visão distorcida dos políticos sobre o gerenciamento das prevenções aos desastres naturais. É comum escutarmos que o Brasil não tem furacões, erupções vulcânicas, terremotos, dentre outros fenômenos naturais. Isso nos dá a falsa sensação de alívio. Mas isso não é bem assim.   Os desastres por aqui ocorrem por combinações de três fatores: exposição, perigo natural e vulnerabilidade. A exposição e a vulnerabilidade são questões que podem ser tratadas facilmente com políticas habitacionais, preservação de encostas, redução da desigualdade social, educação ambiental e por aí vai. Sobre o ponto do perigo natural, que vem de boa parte das chuvas intensas que vivenciamos periodicamente, já possuímos tecnologia de monitoramento e controle, que possibilita a redução dos danos como os que vimos na cidade petropolitana. Mas a ignorância sobre o tema, aliado ao fato de que a atuação preventiva não traz resultados imediatos, faz com que agentes políticos inescrupulosos ignorem os riscos que a população mais carente passa anualmente. E o pior: não falta recurso financeiro para esse destino!   As eleições de 2022 estão chegando. Não é possível que pretendentes aos cargos eletivos sejam incapazes de debater esse tema com seriedade e profundidade. Quem não se preparou e não tem conteúdo para agir em prol de políticas ambientais que construam cidades inteligentes que preconizem a sustentabilidade local, não merecem nosso voto.*Drª Margoth Cardoso - Advogada, mestranda em Ambiente. Sociedade e Desenvolvimento UFRJ, pós-graduanda em Direito Ambiental UFPR, candidata à prefeita pelo PT em Iguaba Grande em 2020.Fonte da foto: https://www.cut.org.br/noticias/chuvas-em-petropolis-numero-de-mortos-sobe-para-120-394e

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